maio 2, 2025
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Entrevista com Neto Billy, o brasileiro recordista em jogos no 888!

Durval dos Santos Silva Neto, o Neto Billy, foi o jogador com mais jogos no 888 em 2017 com 8.073 torneios. Nascido em 25 de agosto de 1990 (27 anos), é natural de Miguel Calmon-BA, cidade situada a 360km da capital do estado, Salvador-BA. Quando criança tinha o sonho de ser jogador de futebol, jogou nas categorias de base do Bandeirante de Birigui-SP. Participou de rodeios como profissional quando tinha entre 18 e 19 anos e ainda tem muito gosto por este esporte. Viveu na Bahia até os nove anos de idade e também morou em Costa Rica–MS, Araçatuba–SP, São Paulo–SP e Penápolis–SP. Atualmente mora em Cananéia–SP.
Técnico em agropecuária pela Escola Técnica de Penápolis-SP. Já trabalhou em diversos ramos, atualmente é policial militar há sete anos.
Seu primeiro contato com o poker foi em 2011 mas passou a se interessar mais pelo assunto entre 2013 e 2014. A partir de então começou a buscar conhecimento para melhorar seu desempenho. Logo em sua primeira experiência em mesas ao vivo, fez mesa final, em um torneio na cidade de Osasco–SP.

Você foi o jogador que mais torneios disputou em 2017 no 888. Porque a preferência por jogar neste site?
– 
“A preferência que eu tenho pelo 888 é por ter fields pequenos e variância bem menor. Como os prêmios garantidos são menores, jogadores regulares não são atraídos facilmente”.

Quantas mesas simultâneas você joga equantos torneios você chega a jogar em uma única sessão?
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“Teve sessão que cheguei a jogar 80 torneios. Como eu não posso jogar todos os dias, nos dias em que eu jogo tenho que fazer um volume de jogos consideráveis. Jogo entre 10 e 15 mesas simultâneas”.

Você usa algum software de apoio? Qual a importância que você dá para este tipo de recurso?
– 
“Eu uso o Holdem Manager, e é muito difícil eu jogar sem ele. Cheguei a jogar sem, mas me senti sem apoio. Digo que me tornei um escravo deste software. Creio que este tipo de auxílio é muito importante principalmente porque eu jogo muitas mesas simultâneas, fica difícil colher informações de todos os jogadores sem este recurso”.

Quais coisas você mais gosta e quais você menos gosta no poker?
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“O que eu mais gosto no poker são as leituras precisas, aquele call que você acerta, aquela aposta que induz o vilão ao erro. Este tipo de coisas são muito animadoras, fico muito feliz em situações como estas. Se tem uma coisa que me deixa muito “queimado” é quando cai a internet ou a energia elétrica, eu moro em um lugar onde só há um provedor de internet. Falinhas de jogadores também é algo que me incomoda. Em relação as bad beats, eu consigo absorver bem, elas são comuns para um profissional”.

Qual a imagem que o poker tinha no Brasil quando você começou, e qual a imagem que tem hoje?
– “O poker nos últimos anos cresceu muito. Com esportistas se tornando embaixadores do poker, principalmente o preconceito mudou muito. Eu tento explicar para as pessoas que não é um jogo de azar, é um jogo de estratégia, matemática, psicologia e leitura de oponentes. Eu sou um cara que luto muito pelo poker e acho que todo jogador profissional deveria fazer o mesmo. Já melhorou muito, mas ainda tem muito a melhorar para que o preconceito acabe.”

Quais as principais dificuldades que você passou no início? E hoje?
– “A principal dificuldade que eu passei no início é que naquela época não existia tanta informação quanto tem hoje. Já a principal dificuldade hoje, é em relação ao tempo disponível, pois tenho meu trabalho e na maioria das vezes que estou jogando, estou cansado. Talvez se eu vivesse 100% de poker, meus lucros seriam maiores dos que eu tenho hoje”.

Como foi a sua experiência quando jogou em times?
– 
Joguei por seis meses no Vonbaranow Poker Team, o primeiro projeto do Zilkar Baranow time onde ele formou os instrutores do Truegrinders. Por cerca de 10 meses também fui integrante do Cardroom Poker Team, em ambos as experiências foram muito valiosas para a minha evolução”.

Para um iniciante conseguir alcançar o profissionalismo, o que você considera fundamental?
“Acho fundamental o cara procurar uma escola de poker e vivenciar um período de convivência com outros jogadores, discutir mãos diariamente. Creio que se o cara se prende e fica sozinho, ele não vai conseguir desenvolver o poker. Buscar um time de poker também é muito importante, na minha opinião esta é a maneira mais barata para alcançar o profissionalismo. Tem vários times que oferecem duas, três aulas semanais. Foi o meu caso, joguei em dois times e isso foi um divisor de águas para o meu desenvolvimento”.

A equipe do Ciência Poker agradece Neto Billy pela entrevista e lembramos que você pode acessar a fan page dele no facebook no seguinte endereço: www.facebook.com/netobillypoker

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